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JORNAL INOVANDO SABER

Profile Profile • fev. 28, 2020

Saiu o edital do TJRJ, confira a entrevista exclusiva com a Assistente Social Misslene Prata para que você se entusiasme a conquistar essa vaga

   Sou Misslene Prata, formada em 2010 em Serviço Social pela UFRJ, especialista em Infância e Juventude pela Faculdade Ozanan Coelho em 2013, mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2019. Atuei na Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro anteriormente a experiência no TJRJ, que se iniciou em 2012. Cursei por apenas um mês o preparatório do Nezo, que tinha acabado de conhecer e que proporcionou um gás a mais nos estudos. Sabemos que estudar para concurso é diferente, considerando que nos focamos na aprovação, sei deixar de lado os anseios e reflexões enquanto profissionais da área de Serviço Social. 





Durante a graduação, sempre mantive o interesse no sociojurídico, desde que participei de um simpósio e uma aula sobre a temática. Me apaixonei pela área de família e ainda hoje atuo nela, sendo nossa atuação, enquanto embasada no nosso projeto ético político, de fundamental importância na oferta de subsídios as decisões e sentenças oferecidas pelos juízes, profissional leigo no que se refere aos assuntos sociais.

Considero que a atuação do Assistente Social no sociojurídico é de suma importância para a sociedade como todo, para avaliação das principais expressões da questão social e, sobretudo, para humanizar os operadores do direitoo Novo


Sobre as dicas para quem desejar ingressar na carreira no TJRJ enquanto Assistente Social, acredito que a primeira coisa é acreditar que vai ser possível! Para isso, além da crença é imprescindível o foco nos estudos, com leitura voltada ao que a banca CEBRASPE/Cespe costuma exigir. A discursiva é um plus a mais e pode fazer toda a diferença. Para isso, o treino na realização de questões é imprescindível procurando, ao máximo, inserir os principais elementos que articulem o Serviço Social e a área. Recomendo a realização de questões sempre após a conclusão de uma etapa de estudos nos cursos do NEZO. 
Fazer concurso é uma etapa de abdicações, esforços, cansaço, empenho, mas para um resultado que irá impactar na vida. Espero vocês!
27 out., 2023
Reflexos Eu não sou Esse rosto Que o espelho Hoje me revela, Com o coração Pleno de desejos E os olhos Tão vazios... Eu não sou Esse sorriso triste De lábios Tão amargos, Aonde foram parar Os meus sonhos? Aonde vivem As minhas ilusões? Eu nunca Dantes, pude enxergar Tão nitidamente Aonde mora a minha dor E ainda assim Não deixei a solidão Aqui, fazer morada, Não quero E não quis Ser perfeita, Eu só quero SER. - Autor desconhecido
13 out., 2023
Tempo de Leitura: 4 minutos Diante de todo o impacto emocional que uma mulher vive ao receber o diagnóstico de câncer de mama, estar inserida em um meio de apoio e acolhimento é fundamental para poder seguir com o tratamento adequado e em questões fundamentais que envolve a autoestima. Os fatores determinantes nesse processo é entender as causas da doença, o tratamento, efeitos colaterais, eventos adversos das medicações, como lidar com as mudanças no corpo, da pele, da perda dos cabelos, medo da morte, do futuro, de perder a feminilidade, das relações interpessoais e tantos outros aspectos que afetam tanto a parte física quanto a emocional. A busca pelo autoconhecimento, favorece mulheres acometidas pela doença no aspecto da imagem corporal que envolvem muitos sentimentos gerados desde o diagnóstico até o tratamento e que podem ocasionar ansiedade e depressão. A autoconfiança precisa ser reconectada, pois em muitos casos é abalada com a fragilidade emocional, já que atinge em cheio a feminilidade projetada muitas vezes nos seios, na beleza do corpo e na aparência física. Na luta contra o câncer de mama é fundamental resgatar a autoestima ao se olhar no espelho e se enxergar como uma pessoa única, potencializando as suas qualidades mais especiais. Para essa tarefa aposte em você! Use acessórios que personalizam o seu estilo, como lenços e formas criativas de trançá-los, assim como chapéus ou bonés, hoje em dia já existem lenços pré-amarrados, uma forma para quem busca praticidade. As perucas estão em alta, aposte em tonalidades que realcem a sua pele e a cor dos olhos, por exemplo. O uso de maquiagem, mesmo que básica favorece para dar um contraste na pele que pode sofrer uma mudança de coloração devido ao tratamento. O uso de protetor solar com cor contribui para suavizar a textura da pele, use lápis de sobrancelhas, caso deseje realçá-las, pois há a perda de sobrancelhas e cílios no período do tratamento, já existem no mercado sutiãs para mulheres mastectomizadas, sem aro de ferro para não ferir a pele, um recurso para quem quer se sentir mais bonita. Além dessas sugestões, como consultora de imagem indico um excelente recurso que favorece a imagem pessoal, que é o uso da cor. A cor tem efeito psicológico nas pessoas, podendo até mesmo alterar o humor. As cores são usadas frequentemente no mundo da publicidade e marketing por atuarem como ferramenta de comunicação visual. Ao inserir cores no seu dia a dia, no seu vestuário, você terá a possibilidade de transmitir mensagens a seu favor, como mais energia, dinamismo, sensualidade, aposte em cores quentes e vivas, para esse tipo de comunicação visual. Essas pequenas atitudes podem ser um diferencial não só como os outros a veem, mas principalmente como se vê, de se sentir bonita, capaz de se sentir confortável novamente com o próprio corpo em uma forma de reconexão consigo mesma. O OUTUBRO ROSA é para lembrarmos que nós mulheres temos uma força magnânima dentro de nós, que o toque salva, que as mãos apoiam e que podemos vencer qualquer desafio a partir do momento que entendemos que a guerra só é vencida se antes enxergarmos a luz da vitória! A vitória do outubro rosa, de todos os meses, de todos os anos, de todas as cores, das cores que acreditamos ter!
28 set., 2023
Tempo de Leitura: 5 minutos Hoje, acordei com um pensamento sobre autenticidade. O que é ser autêntica? O dicionário Aurélio associa autêntico a “verdadeiro por oposição à cópia”. Aí vem a minha pergunta: eu me conheço a ponto de saber o que é verdade em mim? E você? Às vezes, ouço pessoas associarem autenticidade a se impor com atitudes e palavras, que muitas vezes, ferem o outro. “Ah, eu sou assim mesmo, direta, objetiva e falo na cara”. Outras pessoas mostram sua autenticidade sem palavras, mas com atos. Mas mesmo assim, depois de anos entre encontros e desencontros no caminho de autoconhecimento, me pego perdida buscando encontrar esse “eu” que não conheço. Como viver e receber esse momento de encontro com o desconhecido de mim? É mais um desafio e uma prática da humildade para reconhecer essa face revelada, que pode ser agradável ou desagradável. Essa prática é possível pela disponibilidade pessoal de juntar meus pedacinhos e contribuir para montar, pintar, revelar a imagem do meu quebra-cabeças. Os trabalhos de autoconhecimento, como, por exemplo, os processos terapêuticos, são bastante ricos contribuindo para a nossa jornada de individuação. Sou Gestalt terapeuta e o que me encanta nessa abordagem é a possibilidade de transformar todos os nossos aspectos e integrá-los. Nada é jogado fora e sim transformado com a tomada de consciência. Em tempos de sustentabilidade essa atitude é imprescindível. Entretanto, só podemos transformar aquilo que conhecemos. J. Zinker, psicoterapeuta polonês e autor de diversos artigos e livros na abordagem gestáltica, colocou sua sensibilidade artística a serviço de escrever sobre o processo criativo que envolve tanto o terapeuta como o cliente, ou seja, o indivíduo. Ele afirma que “a Gestalt-terapia é,..., uma permissão para ser criativo e que a sua ferramenta básica é o experimento...que se dirige ao cerne da resistência, transformando a rigidez em um suporte elástico para a pessoa” (livro Processo Criativo em Gestalt-terapia). Sim, mas e a autenticidade da qual iniciei essa reflexão, onde fica? Penso que podemos aproveitar esse pensamento de Zinker com relação à Gestalt-terapia, que coloca o experimento aberto a receber a criatividade de cada um. Arrisco-me a dizer que a vida é um experimento quando temos a oportunidade de avaliar nossos comportamentos e observarmos o impacto que produzem em nós e no outro. E, inspirada em Zinker, que fala que um experimento nos dá a licença para sermos “sacerdotes, prostitutas, gays, santos, sábios, magos” e tudo mais que habita em nós, para olhar para autenticidade dessa forma mágica que pode nos afastar ou nos aproximar do outro. Nós somos os agentes criativos para ajustar esse foco e transformá-lo, integrá-lo e retocar essa imagem de nós mesmos como uma pintura que retrata um momento e que pode ser modificada durante o processo. Na minha concepção a verdade da autenticidade está aí, ser cíclica, como uma Gestalt (que pode ser traduzida como “forma, configuração”): Quando uma se fecha a outra se abre realizando a mágica da vida. Seja autêntico transformando e recriando sua vida!
15 set., 2023
Tempo de Leitura: 12 minutos Desde jovem eu influenciava meus colegas e achava interessante lidar com a diferença geracional, ouvia meus líderes e me sentia uma “ponte” entre eles e as pessoas da minha idade ou mais novos que eu. Aos 19 anos, na Universidade comecei a participar de um núcleo acadêmico sobre Religião, Gêneros e Gerações. Desse estudo nasceu o interesse de aprofundar-me na temática da juventude no mestrado. Ao finalizar o mestrado, embarquei em outras oportunidades profissionais, o tempo passou, mas a característica de ter um olhar atento às questões juvenis permaneceu. Em 2018, com 33 anos, comecei a escrever um Projeto Social para capacitar jovens ao mercado de trabalho e me vi diante da necessidade de voltar a estudar essa faixa etária (com muita alegria e entusiasmo, claro!). Mas, a primeira realidade que me sobressaltou os olhos foi a reação dos adultos: “nossa, mas você deve ter muita paciência!”; “Que bom, porque os jovens aprendizes do meu trabalho parecem de outro mundo”, dentre outras frases de incompreensão e preconceitos. Foram pouquíssimas pessoas que reconheceram o potencial e a oportunidade de ter um jovem em sua equipe. Ali eu percebi que não só teríamos que capacitar os jovens ao mercado, como ensiná-los a dialogar com os adultos e romper com os preconceitos nas organizações. Estudei possibilidades e em 2019 iniciamos uma ONG, o Instituto Programando o Amanhã. Temos como principais metodologias a sala de aula invertida e as técnicas do mentoring. Após esses quatro anos de atuação, em que minha idade vai se distanciando cada vez mais das dos alunos, temos que nos adaptar frequentemente às novas necessidades, eu estou envelhecendo mais nossa ONG precisa ser jovem para que permaneça. Tendo por base essa experiência, quero dividir com vocês três pontos que considero fundamentais para o diálogo intergeracional. 1 - O reconhecimento do diálogo e aprendizado mútuos. Em 2019, quando estudava métodos de capacitação e desenvolvimento humano, me deparei com a Mentoria. O processo de Mentoring surge de um reconhecimento mútuo de confiança: o mentor que se dispõe a desenvolver o aprendiz em quem vê potencial. E o aprendiz que considera a autoridade e a influência de um mentor. É necessário o genuíno interesse na pessoa com quem se trabalha, conhecer e romper com seus próprios preconceitos e primeiras impressões antes de tentar romper com os do outro. Quando se trata de um jovem, observar seus talentos e suas dificuldades na perspectiva de ajudá-lo a superá-las; no caso da pessoa com mais idade, reconhecer nela as características que podem desenvolver seu próprio talento e inseri-la nas atualizações. 2 - Desenvolvimento da autonomia e pensamento crítico. Antes de se frustrar com a imaturidade do jovem, esteja disposto(a) a ajudá-lo a desenvolvê-la. Talvez você reconheça que também precisa amadurecer. Uma das primeiras jovens que mentorei pôs em xeque um dos meus principais valores: estudar em uma universidade. Minha vontade às vezes era dar uma sentença determinista, tal qual escutei na minha juventude: “sem universidade você não terá conhecimento e conhecimento é seu maior bem”. Porém, respeitando o processo do mentoring, pedi para que ela refletisse sobre o assunto. E talvez, bem mais que ela, eu também refleti. Li artigos, revisitei minha história e meus padrões de pensamento. E no final vivi o processo de influenciar e ser influenciada conforme tinha aprendido na teoria. Aquela jovem também se tornou minha mentora . Trocamos informações em que eu aumentei seu repertório e ela aumentou o meu. Independente da questão sobre a universidade, eu reconheci a importância de respeitar o protagonismo dos jovens, despertando o pensamento crítico e deixando-os livres nas tomadas de decisões que lhe cabem. P.S - Caso tenha curiosidade: ela trouxe no encontro posterior suas ponderações; eu mostrei para ela as possibilidades (os prós e contras) que eu observei com minhas pesquisas. E demos continuidade ao processo. Ao final, ela escolheu testar através de freelancers a habilidade técnica para ver se era mesmo o que queria e passou no Enem, em uma faculdade que complementa sua escolha. 3 - O combinado não sai caro: comunicação transparente e assertiva. Nos últimas dias fiz a seguinte reflexão: “estamos em um tempo que ser gentil, não necessariamente gera gentileza”. Estou dividindo essa reflexão com você porque, em sua maioria, os jovens precisam compreender o propósito para aderi-lo; apresentar informações claras e acordar comportamentos tem sido a melhor forma que encontrei para engajá-los nas atividades propostas. Percebi que o padrão de diálogo baseado em comandos e conhecimentos tácitos, se tornam cada vez mais propensos ao conflito, já que temos diversidade de valores e culturas coexistentes. A queixa de muitos adultos (inclusive minha também) é falta de iniciativa ou iniciativa demais dos jovens. Porém quando fazemos acordo dos papéis e responsabilidades de cada um, os relacionamentos fluem com mais facilidade. Um exemplo: um mentorado, jovem-aprendiz em uma empresa, estava frustrado porque nenhum de seus superiores lhes desafiava. Ele não conseguia desenvolver habilidades porque só lhe davam tarefas simplórias. Apliquei como exercício, sempre que terminar alguma tarefa, perguntar à gestora se gostaria de mais alguma ajuda. Ela cedeu e assim, o jovem não só cresceu na empresa como estava com chance de ser efetivado. Uma pergunta para você refletir: Você se imagina com que postura no lugar dessa gestora? Além de acordos que não são mais tácitos existe a realidade que as novas gerações são movidas pelo “porquê?”. Quanto mais você for transparente e assertivo; tiver coragem de mostrar sua vulnerabilidade, mais o jovem vai se engajar na sua necessidade. Esteja disposto(a) a ouvir ponderações. Para os mais velhos é tedioso, reconheço! Porém, quantas vezes mudei decisões diante dos questionamentos que escutei e quantas vezes aprendi com esses mesmos questionamentos? Inúmeras vezes. Uma tática com minha equipe: A bolinha do silêncio. Todos são abertos a falar. Mas, se alguém (inclusive eu) tentar dominar a conversa, ou resolver ponderar demais assuntos já esgotados, utilizamos a bolinha para que essa pessoa seja silenciada. Em tom de brincadeira ensinamos a escuta e a tornar a fala mais assertiva. Talvez a primeira coisa que veio à sua cabeça quando leu o título do texto foi o seu pedido de socorro ao usar tecnologia. E é sobre isso mas, vai além. As novas gerações estão cada vez mais aptas a lidar com a inovação e mudanças societárias constantes. Reconhecer suas habilidades é importante até mesmo porque a tensão entre as gerações gera o diálogo entre os processos estabelecidos e a inovação. Essa tensão vivida de forma salutar pode gerar uma produtividade ainda mais sustentável para a organização. Todos se desenvolvem, o jovem e o adulto. O adulto iniciante na organização e o jovem gestor na organização. No meu caso, eu preciso aprender muito com os instrutores de Tecnologia que tem em média 22 anos e eles escutarem minhas ponderações quando percebo ideias inviáveis. E quem ganha no final, é nossa ONG, são os jovens que participam de nossas atividades, são todos que aderem a essa jornada. Esperamos que mais jovens e mais adultos se coloquem neste caminho de construção e desenvolvimentos mútuos e contínuos, visto que as diferentes gerações trabalhando em torno de um objetivo comum é um caminho eficaz. Você se propõe a aderir a essa construção? Caso precise de ajuda, estamos aqui para te ajudar.
08 set., 2023
Tempo de Leitura: 12 minutos Esse texto se propõe a evidenciar a importância da Gestão do Trabalho prevista no Sistema Único de Assistência Social nas três esferas de governo. Função essencial prevista na organização da Política de Assistência Social devidamente regulamentada em suas normativas estruturais como a lei 12.435 de 06 de junho de 2011 e a NOB SUAS 2012 e que tem a responsabilidade de manutenir as estruturas de trabalho, apoiar e garantir referência técnica e institucional permanentemente para as equipes de trabalho em suas responsabilidades técnicas e operacionais em todas as funções da Política de Assistência Social. Além de tratar da regulamentação de aspectos relacionados ao trabalho e suas condições devidamente submetido e pactuado pelo controle democrático da sociedade civil organizada nas mesas de negociação¹ e nas instancias de deliberação como o Conselho de Assistência Social. Se responsabiliza, ainda, por uma ampla rede de formação permanente com participação de organizações profissionais através da capacitação e acompanhamento da gestão do trabalho e educação permanente, vinculadas a toda um desenho padronizado e tipificado nacionalmente das ações e serviços socioassistenciais pertinentes ao SUAS aderindo sua responsabilidade federativa também no Plano Nacional de Capacitação e Educação Permanente. (BRASIL, 2011) A Gestão do Trabalho no SUAS é uma área estratégica, necessária e central para o funcionamento, organização, planejamento e execução das ações relativas a “contratação”, captação, valorização e qualificação do trabalhador do SUAS, com prerrogativas legais que olham para as condições de trabalho em seu amplo contexto; mas também para as condições do trabalhador assegurando entre outras responsabilidades que os direitos trabalhistas sejam respeitados no vínculo de trabalho institucional ao qual esses trabalhadores estejam inseridos² . A NOB RH/SUAS baliza e norteia essas e outras questões que envolvem as ações relativas a Gestão do Trabalho no SUAS como exigências de perfis profissionais, escolaridade e o desenvolvimento de qualificações, habilidades, competências técnicas, éticas e gerenciais pertinentes ao desenho técnico/metodológico dos diferentes serviços socioassistenciais definidos na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. ( Res. CNAS 109 de 2009) Na perspectiva de materializar condições, relações e processos de trabalho, cabe a Gestão do Trabalho assim retratado na NOB SUAS Art.109: I - a realização de concurso público; II – a instituição de avaliação de desempenho; III – a instituição e implementação de Plano de Capacitação e Educação Permanente com certificação e aprovação pelo CMAS; IV – a adequação dos perfis profissionais às necessidades do SUAS; V – a instituição de Mesas de negociação; VI - a instituição de planos de cargos, carreira e salários(PCCS); VII – a garantia de ambiente de trabalho saudável e seguro, em consonância às normativas de segurança e saúde dos trabalhadores; e VIII – a instituição de observatórios de práticas profissionais; E não menos importante, no 2º§ que trata das ações relativas a: I - Desenhos organizacionais II - Processos de negociações do trabalho; III - Sistemas de informação; IV - Supervisão técnica³ Todos prerrogativas que qualificam e organizam procedimentos, fluxos inter e intrasetoriais, articulações internas e externas, referência e contrareferencia, sistematização da rotina e das ações técnicas, elaboração de relatórios, prestação de contas e planejamento dos serviços. Para materialização de todas essas orientações e funções há que se definir uma equipe de gestão do trabalho dentro da estrutura administrativa da Gestão da Política de Assistência Social. Tais processos, diretrizes, princípios e exigências regulamentados se constituem grande avanço na Política de Assistência Social; resultado de muita mobilização e participação efetiva de trabalhadores comprometidos, e que não supõe imunidade a contextos de disputas, divergências ideológicas, correlações de força e poder; falta de recursos, falta de interesses, etc. a luta se deu por definições legais, institucionais, éticas, técnicas e profissionais para o SUAS prescrevendo processos democráticos e participativos para todas as instancias de gestão e execução do SUAS; que só farão sentido se os trabalhadores, atores atuais e futuros, assumirem seu papel de protagonista desta Política Pública. Neste sentido, RIBEIRO(Priscila, 2022) afirma que a Gestão do Trabalho na Politica de Assistência Social é incompatível com processos gerenciais de controle de pessoas, pela mera adequação entre perfis e funções, assim como a Educação Permanente não se reduz a oferta de capacitações para simples transmissão de conhecimentos. Sua concepção supõe processos unificados e construídos coletivamente para um progressivo processo de conquistas reais em cada ente federado e para essa Política Pública. No entanto, a distância entre as normativas e a realidade nas três esferas de governo ainda é grande como por exemplo ainda encontramos em muitos municípios: • Diferentes vínculos empregatícios; • Falta de profissionais concursados com PCCS • Vínculos precarizados e voláteis • Diferentes salários em um mesmo grupo institucional • Baixos vencimentos • Desigualdade carga horária • Inexistência de mesa de negociação e de fórum dos trabalhadores • Percentual alto de cargos comissionados • Muitos profissionais contratados ou indicados sem a menor qualificação • Precárias estruturas de trabalho • Ausência de capacitações • Ausência de fluxo e procedimentos institucionais etc. Situações reais que precisam ser enfrentadas; o que requer trabalhadores comprometidos, com uma cultura de participação e implicados com a busca da qualidade e da melhoria das condições de trabalho e do trabalhador no SUAS. Provoca se assim o conhecimento de como se encontra a Gestão do Trabalho e Educação Permanente do seu município e a sua necessária interação. Nosso intuito ao expressar alguns aspectos regulamentados da Gestão do Trabalho e de algumas das contradições da realidade que ainda precarizam o trabalho no SUAS foi provocar nas relações profissionais e institucionais de cada um a participação, a construção de estratégias e mecanismos para fortalecer o lugar e as condições do trabalhador na Assistência Social. Afinal de contas, nenhuma conquista social, política e histórica ocorreu de cima pra baixo. Referência Bibliográfica: BRASIL; LEI Nº 8 742 DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993 Lei Orgânica da Assistência Social. Atualizada em setembro / 2022. ( disponível em www.planalto.gov.br) BRASIL; Política Nacional de Assistência Social, 2004. Ed. Cortez. BRASIL; Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social NOB RH/SUAS 2006 BRASIL; Resolução CNAS 109 / 2009 – Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. Brasília. CNAS . 2009. BRASIL: Resolução CNAS 33 / 2012. Norma Operacional Básica do SUAS . Brasília. 2012. ¹ A Mesa de negociação deve se efetivar por meio de Portaria do Órgão Gestor do SUAS em seu âmbito de ação, designando uma Coordenação e uma secretária técnica executiva para conduzir e acompanhar as pautas e a agenda de negociação, além de gravar, desgravar, preparar a ATA e resumo das reuniões. (RIBEIRO, P. 2022) ² A que se considerar aqui, por um lado, que há um contexto internacional resultado das novas exigências do capital que precariza cada vez mais os vínculos de trabalho e os direitos trabalhistas. (Vide Ricardo ANTUNES, 2018). E por outro que os entes federados têm autonomia político-administrativa na sua governabilidade. ³ Para aprofundar sobre este assunto: RESOLUÇÃO CNAS Nº 6, DE 13 DE ABRIL DE 2016
Por Regina Soares 01 set., 2023
Comunicação não Violenta
Por THOMAS ARAÚJO 25 ago., 2023
Tempo de Leitura: 5 minutos A REVOLUÇÃO SILENCIOSA: COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ TRANSFORMANDO A GESTÃO DE PESSOAS Imagine um mundo onde seu chefe é um robô amigável que sabe exatamente quando você precisa de um dia de folga ou quando merece um aumento. Parece coisa de filme de ficção científica, certo? Bem, não é mais! A inteligência artificial (IA) está fazendo uma entrada triunfante na gestão de pessoas, tornando a experiência no local de trabalho mais eficiente e agradável para todos. Neste artigo, vamos explorar como a IA está revolucionando a maneira como somos gerenciados no trabalho, tudo isso de forma fácil e descontraída. E se você tiver interesse em mais assuntos como este, deixe nos comentários quais destes temas deseja se aprofundar mais. A IA e a Gestão de Pessoas: Uma Combinação Perfeita A IA é como o assistente pessoal que você sempre sonhou em ter no escritório. Ela pode processar enormes quantidades de dados em um piscar de olhos, o que é uma tarefa impossível para os humanos. Isso significa que os gestores podem tomar decisões mais informadas sobre contratações, promoções e até mesmo ajustes salariais com base em dados sólidos em vez de palpites. Recrutamento Inteligente Você já se perguntou como aquele novo colega de trabalho incrível apareceu de repente na sua equipe? Bem, pode ser uma IA trabalhando nos bastidores! Ela ajuda a filtrar currículos e encontrar os candidatos perfeitos, economizando um tempo precioso para os recrutadores. Além disso, ela identifica padrões nas informações pessoais dos candidatos para garantir que a equipe seja diversificada e inclusiva. Treinamento Personalizado A IA é como o treinador pessoal do escritório. Ela pode criar programas de treinamento personalizados para cada funcionário, ajudando a melhorar habilidades e competências de forma eficaz, dando adeus a treinamentos chatos e genéricos! Feedback em Tempo Real Lembra daqueles longos ciclos de avaliação de desempenho? Eles estão se tornando coisa do passado. A IA permite que os gestores forneçam feedback em tempo real, destacando suas conquistas e áreas de melhoria enquanto estão frescas na memória. Equilíbrio Entre Trabalho e Vida Pessoal A IA também pode ajudar a equilibrar melhor o trabalho e a vida pessoal. Ela monitora a carga de trabalho e sugere quando é hora de dar um tempo. Nada como um robô para lembrar que você merece um descanso. Previsão de Desligamento Lembra daquele colega de trabalho que saiu inesperadamente? A IA pode identificar sinais de desligamento iminente, permitindo que os gestores intervenham a tempo de manter a equipe unida. Um Futuro Brilhante com a IA na Gestão de Pessoas À medida que a IA se torna mais integrada na gestão de pessoas, estamos caminhando para um ambiente de trabalho mais justo, eficiente e equilibrado. Não precisamos mais temer os robôs como nossos chefes , mas sim abraçar essa revolução silenciosa que está tornando nossas vidas profissionais mais fáceis e agradáveis . Com a IA ao nosso lado, o futuro da gestão de pessoas parece promissor e empolgante. Portanto, abrace as mudanças, pois o futuro está aqui para ficar. Com isto, não fiquem preocupados se determinados postos de trabalho irão desaparecer. Historicamente, os avanços tecnológicos fazem com que à medida em que postos de trabalho desaparecem, outras oportunidades surgem e tornam o mundo um lugar fascinante e criativo. E se depois disto tudo eu lhe disser que grande parte deste artigo foi escrito com auxílio de uma IA? Com isto, é notório que a IA é uma ferramenta poderosa e que nos auxiliará nas atividades cotidianas, impulsionando nossa capacidade de produzir e tomada de decisão, mas JAMAIS SUBSTITUIRÁ O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE: O SER HUMANO . Nós ainda continuamos sendo insubstituíveis, e podemos utilizar estes e tantos outros recursos para potencializar e alavancar nossas atividades cotidianas. Até o Próximo Artigo!
Por Regina Soares 04 fev., 2022
Tempo de Leitura: 6 mi nutos “BIZUS” PARA SE DAR BEM EM CONCURSOS!!! Passar em um concurso exige foco, determinação e dedicação. Sabemos que o volume de matérias para estudar é bastante grande, porém com ORGANIZAÇÃO , ESTRATÉGIA e DISCIPLINA é possível chegar à aprovação!!!! LEIAM ESSES “BIZUS” 1. Faça um cronograma de estudos Organize-se. Faça um cronograma de estudos. Fuja da armadilha de estudar quando puder. Priorize as matérias mais volumosas ou as que você acha que são mais desafiadoras para você e distribua seu tempo livre de modo que consiga cobrir todos os assuntos até próximo ao dia da prova. 2. Cada um aprende de um jeito. Você sabe qual o seu? Não tem sorte. Não existe fórmula secreta que vá fazer com que você seja aprovado sem estudar. Desista desse pensamento!!! O que existe são maneiras diferentes de aprendizado. Você pode aprender mais quando visualiza o conteúdo, ou preferir ler em voz alta e ouvir o que está estudando. Ou ler e imaginar o conteúdo. Logo é preciso que você SE CONHEÇA! QUAL É O SEU JEITO MELHOR DE APRENDER? E... MÃOS À OBRA!!! 3. Utilize muito resumos, provas anteriores e simulados Fazer resumos, refazer provas anteriores dos concursos, resolver simulados e fazer mapas mentais (esquemas que você pode criar para memorizar conceitos, fórmulas, esquemas de assuntos) são maneiras eficientes de prepará-lo para o dia D. Essas estratégias com certeza te ajudarão a fixar e memorizar as matérias, os temas, além de você criar a capacidade para perceber que tipos de questões são mais desafiadoras e quais são as que você tem mais facilidade em responder. A partir daí, você consegue direcionar os seus estudos para as áreas que exigem mais a sua atenção. 4. Procure por materiais extras A internet está repleta de informações que poderão ajudá-lo na sua tão sonhada aprovação! Procure fóruns, bate papos e sites oficiais dos temas que precisa estudar para obter materiais extra que complementem o que você já estudou. Assista lives, participe de grupos de WhatsApp, participe de aulões, pesquise!! 5. Está com dúvidas? Pergunte! Se está com dúvida em algum assunto específico, não o dê por encerrado até que ela seja sanada. Persista, insista, foque!!! Converse com professores, profissionais ou especialistas no assunto que poderão explicar a matéria a você de uma maneira diferente. Faça perguntas, peça exemplos e leve suas próprias comparações para serem analisadas e corrigidas. Principalmente, vença você mesmo! Conheça suas emoções, perceba o que sente, reconheça o que te trava, mantenha pensamento positivo sempre! Seja otimista! Visualize você já trabalhando no seu tão sonhado emprego. Torne esta visualização um hábito. Imagine fazendo a prova, respondendo de forma consistente e segura cada questão, recebendo o resultado de que passou!! Tomando posse do seu trabalho!!! Essas visualizações ajudarão você a relaxar, a tomar posse do que você deseja! Ah!!!! Na véspera da prova se alimente bem , com alimentos saudáveis, descanse, faça algo que te relaxe: música, filme, estar com pessoas que te fazem bem, distraia-se... e nada de estudar na véspera! Isso não é bom!!! No máximo leia notícias que possam agregar para aprova!! “Mudar é complicado, mas se acomodar é perecer”. - Mário Sergio Cortella
Por Regina Soares 28 jan., 2022
Tempo de leitura: 3:00min O QUE É? • Atividade exercida por um profissional mais experiente que irá orientar, aconselhar, instruir alguém mais jovem (ou com menos tempo de carreira) para que essa pessoa tome as decisões corretas para o seu desenvolvimento profissional. • O mentor (profissional que conduz o processo de mentoria) utiliza ferramentas e técnicas diversas durante os encontros para apoiar as ações do mentorado (quem faz mentoria). • É uma relação mais informal, porque se trata de conversas estratégicas para alcançar um plano maior na carreira e na vida! A SUA IMPORTÂNCIA: • Promover o sucesso profissional e pessoal do mentorado. • O mentor com suas experiências, acertos e erros, pode mostrar ao mentorado caminhos valiosos para o seu desenvolvimento. • Une conhecimentos técnicos sobre as atividades que você desenvolve e toda a experiência de ter vivenciado uma carreira na prática. Excelente meio para alavancar a sua carreira! • Através de PLANEJAMENTO ajuda a encontrar os melhores caminhos a serem seguidos, para o alcance do seu sucesso! • Incremento do seu NETWORKING. COMO É NA PRÁTICA? • Encontros pré-agendados (semanais, quinzenais, mensais....). • Transmissão de conhecimentos, compartilhamento de experiências. • Sugestões de ideias, provocações e desafios. • O Mentor pode te ajudar a perceber que há várias oportunidades a serem exploradas. PRÁTICA:
Por Fernanda Prado dos Santos 21 jan., 2022
Tempo de Leitura: 6 minutos Como funciona a estabilidade trabalhista para gestantes? Essa é uma das grandes preocupações das mulheres grávidas e neste artigo vamos esclarecer todas as suas dúvidas sobre a estabilidade temporária das trabalhadoras gestantes! Confira: O que é estabilidade trabalhista? É o período em que o empregado (a) não pode ser demitido (a), ainda que contra a vontade do empregador. Existem diversas situações em que esse direito se configura. Além da trabalhadora gestante, podemos citar o empregado (a): • Membro da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes); • Acidente de trabalho; • Dirigente sindical. Trata-se apenas de rol exemplificativo. Podem ser acordadas outras formas de estabilidade por meio de acordo de negociação coletiva com o sindicato da categoria. Duração da estabilidade provisória da gestante: A estabilidade para as gestantes tem início a partir da concepção e perdura até os 5 meses posteriores ao parto. Assim, o período de estabilidade abrange os 120 dias habituais da licença maternidade, acrescido de um mês. No entanto, a licença é estendida para 180 dias, quando o empregador adota o Programa Empresa Cidadã. Desconhecimento do empregador: O desconhecimento do empregador quanto à gravidez em nada interfere nos direitos da futura mãe! A trabalhadora conserva a estabilidade, de acordo com a Súmula 244, do Tribunal Superior do Trabalho. Além disso, a funcionária admitida grávida também faz jus à estabilidade. Gestação no período de experiência: O contrato de experiência é um contrato de trabalho por prazo determinado com duração máxima, de 90 dias . Ultrapassado esse período, as partes decidem pela efetivação ou seu encerramento . Neste caso a empregada gestante faz jus a garantia de emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto prevista no art. 10, II, b do ADCT, ainda que contratada a título de experiência . Demissão por justa causa: É preciso estar atenta ao fato de que a estabilidade provisória não impede a demissão por justa causa! Esta é a sanção mais grave sofrida pelo empregado (a) Ocorre quando o trabalhador (a) é desligado da empresa pelos seguintes motivos: • Ato de improbidade; • Incontinência de conduta ou mau procedimento; • Negociação habitual no ambiente de trabalho; • Condenação criminal do empregado; • Desídia no desempenho das respectivas funções; • Embriaguez habitual ou em serviço; • Violação de segredo da empresa; • Ato de indisciplina ou insubordinação; • Abandono de emprego; • Ato lesivo da honra ou da boa fama, ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos; • Prática constante de jogos de azar; • Atos atentatórios à segurança nacional; • Perda da habilitação profissional. Comprovada a existência de justa causa, o funcionário (a) também deixa de receber as seguintes verbas: • Aviso prévio; • Saque do FGTS; • Multa de 40% sobre o FGTS; • Seguro desemprego; • 13º salário; • Férias Proporcionais; • Adicional de 1/3 das férias. Fui demitida grávida: quais meus direitos? Neste caso, existem duas possibilidades: a reintegração da gestante ao quadro de funcionários, caso não seja possível a reintegração o empregador deverá indenizar a trabalhadora por todo o período em que ela faria jus à estabilidade. Afastamento da gestante na pandemia, tenho direito? Em maio de 2021, a Lei 14.151, que garante regime de teletrabalho às trabalhadoras gestantes enquanto durar a pandemia, foi sancionada pelo Governo Federal. Com a nova lei, a gestante obteve o direito de permanecer afastada das atividades do trabalho presencial sem o prejuízo de sua remuneração. Todavia, ela deve ficar à disposição do empregador para exercer as atividades laborais em seu domicílio através de home office, trabalho remoto ou outra forma de trabalho à distância e este deverá fornecer os equipamentos e toda a estrutura necessária ao desempenho da função.
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